segunda-feira, 18 de abril de 2011

Também Passa..




Tenho pensado tanto no caminhar da minha vida ultimamente. É impressionante como algumas coisas perdem o sentido. Como algumas pessoas perdem o valor. Como alguns sentimentos se perdem e vão embora sei lá pra onde.E de repente uma coisa que a gente queria muito que acontecesse, acontece, e não é a mesma coisa. E a gente não sente mais aquilo que sentiríamos antes, e não há mais encanto, e não há mais nada.
Pois bem, me aconteceu dessas coisas que a gente quer tanto, que a gente sonha tanto,que a gente até faz promessa pra Deus pra acontecer. Aconteceu, agora, meses depois. Aconteceu quando eu já nem me importava mais e acho que por isso não teve sentido, não teve alegria, nem tristeza, foi algo indiferente, desnecessário -agora.Algo, que hoje, nem sei porque tanto quis que acontecesse.
Vejo, então, que o amor tem data de validade, logo eu que achava que não. Eu sempre pensei que por mais que a gente passasse muito tempo sem falar e/ou ver uma pessoa que se amou, quando se reencontrasse nem que fosse uma fincada daquelas que a gente sente no coração ou o típico nó na garganta dos apaixonados inseguros, afastados ou dos ex casais eu iria sentir.Mas não, não houve fincada, nem nó na garganta, nem saudade, nem lembrança, nem incômodo. Não fiquei alegre, nem triste. Fui indiferente sem ao menos querer ser.E por onde andava essa indiferença quando eu tanto precisava dela?Por onde, me diz?Agora que não a procuro, nem faço questão de tê-la ela me invade dos pés a cabeça, ela é presente na minha cara de paisagem, no meu olhar distante ao ouvir você falar. Ela é tão perceptível na minha falta de gesticulação, na imobilidade do meu corpo que antes tremia ao te ver.Ela está nessa falta de brilho no olhar, nessa falta de entusiasmo ao te ouvir, nessa falta de curiosidade em saber o que lhe aconteceu.
E quase sem querer me vejo concordando com tudo que você fala e rindo pra não te deixar sem graça, coisa que faço sempre que não estou muito interessada no assunto da pessoa.E quase sem querer me vejo sem saber o que realmente me encantava em você.Acho que era coisa da minha cabeça isso de te amar.Está tão monótono isso de poder te ter, agora, meses depois. Agora já não tem mais graça. Sempre fui mulher de querer tudo na hora que eu necessitava e reivindicava. Agora com toda licença, se me vens a procurar e falar daquele amor que tanto te dei e você desperdiçou, só te digo com toda a sinceridade e até um pouco atônita -pra sair um pouco do meu estado de indiferença-tanto faz a tua procura, tanto faz aquele amor. Eu dispenso o teu afeto tardio.

T.S

Nenhum comentário:

Postar um comentário